Mostrar mensagens com a etiqueta fernanda. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta fernanda. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Uma bela opinião do blogue de referência "As Leituras da Fernanda"

 https://as-leituras-da-fernanda.blogspot.com/2021/06/opiniao-deste-silencio-em-mim-de-rui.html

Dos três livros que já li deste autor, "Deste Silêncio em Mim" é capaz de ser o mais intimista. Não sei se a história se baseia na vida de alguém próximo do autor, quiçá o próprio, mas tem de certeza muitos pedaços de verdade. É que ao ler esta história somos arrastados para um tempo e um lugar, que só com conhecimento de causa se poderia descrever assim, com tanta alma, com tanto amor.

E é isso que me leva a ler Rui Conceição Silva. Os seus livros têm a nostalgia dos tempos idos, a voz das crianças de que todos fomos, e a saudade de um tempo sem fim.

Simultaneamente, o autor consegue abordar temas tão característicos da vivência portuguesa da segunda metade do século passado, o analfabetismo de quem trabalha os campos, sem necessidade de dar cor às letras, a simplicidade da vida, a pobreza extrema da gente que vive da terra, a imigração para as grandes cidades e a consequente desertificação do interior.

Está lá tudo. A história de uma família de pastores, pobre e humilde, e de um dos seus filhos que decidiu seguir o conselho do avó e procurar outras paragens. É também a história do homem que venceu na cidade, mas soube regressar à sua montanha em busca do perdão e encontrou uma vida mais simples e mais feliz.

A escrita de Rui Conceição Silva é uma delícia. Cada frase quase um poema. As suas personagens são infinitas. Dificilmente as esquecerei. Este é um livro que recomendo para uma leitura calma, num ambiente bucólico, com os pássaros a cantar e a ouvir o vento nas árvores.

Parabéns, Rui. Mais uma excelente obra!

P.S. Não posso deixar de mencionar a editora Visgarolho, da qual esta é a sua primeira publicação, e dar os meus parabéns pela excelência do seu trabalho. 

segunda-feira, 9 de abril de 2018

Uma linda opinião, no blogue de referência "As Leituras da Fernanda"


«Antes de escrever seja o que for, tenho de agradecer ao autor pela homenagem prestada às terras que tão bem descreve e aos pintores que me levou a conhecer tão pormenorizadamente. Isto para além de nos ter brindado com uma história de amor lindíssima, daquelas que nos trazem as lágrimas aos olhos e nos amolecem o coração. Obrigada, Rui.

Após ter ficado encantada com o livro "Quando o Sol Brilha", voltei a encantar-me com este "Dei o teu nome às estrelas". Dei por mim a passear por terras que descobri há uns anos e que em 2017 foram devastadas pelos incêndios. Figueiró dos Vinhos, Pedrogão Grande, Ribeira de Age, Fragas de São Simão, e por aí fora... Vilas, aldeias e lugares portugueses que pertencem a um mundo à parte, longe do rebuliço dos turistas e do litoral, representam o que Portugal ainda conserva de mais puro e genuíno..

E foi exatamente a pureza das terras e das gentes que conquistou igualmente os pintores José Malhoa e Manuel Henrique Pinto, adeptos do Naturalismo, ou seja, um movimento na Literatura e nas Artes Plásticas, que se traduz num radicalismo do Realismo, em que se dá mais importância à representação fiel da natureza em detrimento da imaginação ou criatividade.
(Não sou grande especialista em Arte, pelo que espero ter conseguido passar a ideia corretamente. Que me corrijam os entendidos no assunto, caso esteja para aqui a escrever disparates.)

Bem, para quem quer saber do livro em si, desenganem-se se pensam que tudo o que vos falei acima, contribui para o tornar maçudo ou desinteressante. Muito pelo contrário!É absolutamente maravilhoso, cativante e interessantíssimo. E a forma como o autor entrelaçou a vida de pessoas que foram reais com personagens ficcionadas, é fabulosa! Para além do mais, esta história está maravilhosamente bem escrita, com a fluidez característica do autor, sendo que os meus post-its levaram um grande sumiço graças a este livro. Podem ver o resultado: uma lombada colorida a anunciar as pérolas escritas por Rui Conceição Silva.

Resumindo, convido-vos a ler este livro de coração aberto, e a apaixonarem-se pela região retratada e pela escrita deste autor tão português.»